PARIS - O primeiro-ministro francês, François Fillon, anunciou nesta segunda-feira planos para mais economias orçamentárias de 7 bilhões de euros em 2012 e de 11,6 bilhões de euros em 2013. A segunda maior economia da zona do euro busca proteger sua nota de classificação de risco de crédito, hoje em "AAA" (grau máximo), e evitar a pressão dos mercados financeiros, que agora está afetando a Itália.
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Segundo o primeiro-ministro, os salários do presidente e dos ministros de governo vão ser congelados como parte do plano de economia do setor público.
A palavra "falência" não é mais "uma palavra abstrata" e a soberania financeira, econômica e social exige "esforços coletivos e prolongados e mesmo alguns sacrifícios", declarou o premier. "O tempo chegou de fazer ajustes aos esforços da França. Com o presidente da República, nós temos somente um objetivo, que é o de proteger os franceses contra dificuldades graves que encontram atualmente diversos países europeus", ressaltou Fillon, segundo o jornal francês "Les Echos".
Para realizar esses esforços, "é impensável fazê-lo aumentando exclusivamente os impostos, como sugere a oposição. Isso faria triplicar o imposto de renda ou dobrar o imposto de valor agregado. Não há outra solução a não ser reduzir as despesas e fazer um ajuste fiscal", disse.
Entre as medidas anunciadas, estão a antecipação da elevação da idade mínima para aposentadoria, que passa de 60 anos para 62 anos em 2017, um ano antes do que o planejado.
Além disso, o teto do reembolso de despesas de campanhas eleitorais e de ajuda a partidos políticos será reduzida em 5%.
Uma sobretaxa excepcional sobre as empresas de 5% foi criada para empresas que declaram uma receita de mais de 250 milhões de euros por ano. Essa medida, de natureza excepcional, será aplicada até o retorno do déficit público abaixo de 3% e se reportará ao imposto pago em 2012 e 2013 para os exercícios de 2011 e 2012.
Fillon disse que a meta é economizar mais 65 bilhões de euros até 2016, a fim de abrir caminho para as metas francesas de reduzir o déficit público a zero nesse período.
O equilíbrio orçamentário foi uma promessa do presidente da França, Nicolas Sarkozy, feita a um ano das eleições presidenciais que ocorrem em 2012.
Esse foi o segundo pacote de medidas emergenciais para o orçamento público em três meses.
O plano também inclui uma alta temporária de 5% em impostos para empresas com capital de giro superior a 250 milhões de euros, e uma elevação na cobrança de imposto de valor agregado para 7%, contra 5,5%, com exceção de produtos de primeira necessidade. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/11/07/premier-frances-anuncia-novos-cortes-orcamentarios-925747110.asp#ixzz1d22v5JlR © 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.
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